Pintura de móveis também conhecida como técnicas de acabamento em superfície de madeira e derivados
Este matérias foi desenvolvido para o curso de acabamento de superfície em madeira e derivados do Senai Paraná em São José dos pinhais
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Prof. Riverson Tobias do Vale
Turma do curso de acabamentos de superfície
Curso de Pintura de móveis |
Curso de Pintura de móveis |
Com o objetivo de trazer informação sobre acabamento de superfície de moveis, temos a preocupação de oferecer conhecimento técnico nesta área, com dicas e sugestões das diversas etapas que começam no preparo do substrato, aplicação e manuseio das diferentes camadas de aplicação, e os equipamentos que devem ser utilizados de acordo com sua produção e os produtos químicos que deve ser usado de acordo com o acabamento desejado.
ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE
Atualmente
uma das maiores dificuldades para obter qualidade na produção de móveis esta
ligada ao acabamento de superfície.
Alguns
problemas encontrados na seção de pintura, sendo solucionados melhorariam
consideravelmente a qualidade do trabalho é o acabamento. Na maioria das vezes
são detalhes tão simples que chegam a passar despercebido.
Estes
problemas aliados ao despreparo operacional, acabam provocando transtornos e
problemas. Se esses detalhes tivessem sido observados e corrigidos, o trabalho
no setor de Pintura fluiria com mais tranqüilidade e qualidade.
2.1.1
Sintética
Chamados
de produtos a base de resina Alquídicas que são resinas de baixo custo e baixa resistência química,
produzida a partir de óleos vegetais modificados.
Curso de acabamentos de superfície |
Sintética, Prof. Riverson afirma que este produto de acabamento de superfície tem a denominação de monocomponente,
porque sua cura independe de um segundo produto adicionado a ela. Sua aplicação
pode ser pura ou diluída. Existe o
fundo, que é a base, e o esmalte, que é aplicado sobre a base. O esmalte
Sintética pode ser aplicado sobre seladores de base nitro ou poliuretano.
Sua cura
ocorre pela oxidação da resina com o oxigênio do ar, à medida que o seu redutor
for evaporando da película aplicada. É uma lenta cura, mas, se houver a
necessidade de acelerá-la para manuseio da peça, pode-se acelerar a saída do
redutor por aquecimento do ambiente de secagem, numa temperatura máxima para
madeira e (derivados) a temperatura não deve ultrapassar os 30ºC, para não
causar bolhas na película, empenamentos e rachaduras no substrato.
Existe um
produto (acelerador) que é adicionado à tinta para acelerar sua cura,
tornando-se desnecessário o uso da estufa.
O prof. Riverson afirma que a aplicação
nos móveis se restringe as peças que não são manuseados com freqüência, porque
sua resistência física, química e mecânica esses contato é reduzida.
Em peças que
ficam expostos externamente, os sintéticos pigmentados apresentam grande
resistência à ação da radiação solar, porque é formulada para esse fim. Possui
a denominação de alifático, pela grande resistência à mudança de cor.
O prof. Riverson afirma que confere um bom brilho e um bom alastramento, de difícil
fervura, e uma boa cobertura dos poros da madeira, e derivados de madeira.
2.1.2
Nitrocelulose (colódio).
São produtos químicos destinado ao acabamento de superfície
de madeiras e derivados que na sua composição principal, são polímeros naturais
modificados quimicamente (nitrato
de celulose ou outros derivados
da celulose).
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O prof. Riverson afirma que a tem por função
cobrir e fechar os poros e espaços intercelulares da madeira, preparando-a para
receber o acabamento final, também são denominados de composição química monocomponente,
pois sua cura independe do acréscimo de um segundo produto além do solvente.
Pode ser aplicada pura ou diluída, dependendo da quantidade de sólidos na
composição do produto (viscosidade). Essa linha é composta de primers, lacas, seladoras, verniz. A película
e uniforme, nivelada e transparente, realçando a grã da madeira.
Os produtos primers
os quais possuem pigmentos com a finalidade de cobrir madeiras e derivados que
não possuem beleza agradável ou madeiras que, O prof. Riverson afirma que durante o preparo da superfície,
tenham sofre o processo de emasseamento para retirada de depressões ou
cobrimento de furos de insetos e nós.
Sua cura ocorre pela simples evaporação do seu solvente
(redutor). Como esse redutor tem um índice de evaporação muito acelerado, O prof. Riverson afirma que há a
possibilidade de surgir um defeito na película aplicada, que é um leve
branqueamento, quando houver elevada umidade relativa do ar. Também quando
houver elevada temperatura, ocorrerá à formação de pontos de fervura na
película seca. Para eliminar esses defeitos, adiciona-se um produto denominado
de “retardador”, para que a secagem da tinta seja mais lenta e, dessa forma,
eliminar tanto a fervura como o branqueamento.
Deve-se ter o prof. Riverson afirma que a cuidado de não
acrescentar mais produto do que o recomendado pelo fornecedor, pois, se for a
mais, não haverá a dureza final desejada no filme da tinta aplicada. Se não
houver O prof. Riverson afirma que a solução com o acréscimo desse produto, deverá ser definido um outro
meio, que pode ser o aquecimento do ambiente ou a troca do produto por outro
com condições de ter melhor desempenho nessas situações.
Os produtos químicos destinados à pintura com base
nitrocelulose, tem um filme com pouca resistência a atrito.
Os fundos não devem ser usados como acabamento final, pois
e de fácil impregnação de outras substancia que vai atingir o substrato, o
contaminando e modificando a cor e uniformidade da película. Devem ser usados
sempre produtos de acabamento após o fundo.
2.1.3
Poliuretânica.
Essa é uma linha de produtos de maior consumo na pintura de
móveis de madeira e derivados, sua composição química faz parte dos grupos de
hidroxilas.
Curso de Acabamento em madeira |
São produtos químicos de acabamento que
necessitam do acréscimo de um segundo produto o catalisador, (isocionato) para
que ocorra sua cura através de uma reação química. É por essa razão que é
denominada bicomponente.
O prof. Riverson afirma que a cada produto tem um catalisador específico especificado
pelo fabricante. Em alguns produtos, há diferenças em percentuais na catálise (é a mudança de velocidade de uma reação química
devido à adição de uma substância). Por
isso deve-se ter o máximo cuidado ao verificar os códigos dos produtos para não
ter prejuízos por adicionar proporções e códigos diferentes.
É importante saber que, ao adicionar os dois componentes em
proporções corretas, evita-se que a mistura dos produtos, depois de seca,
trinque ou não tenha a dureza ideal após o tempo previsto para sua cura.
Essa linha é composta de fundo, verniz incolor e verniz pigmentado.
Os acabamentos finais são compostos de brilhante, semibrilhante, semifosco,
fosco e superfosco.
O prof. Riverson afirma que também há a denominada alifática, que é formulada para ter
uma maior resistência à alteração de cor, causada por ação da luminosidade no
ambiente.
Devem-se usar estes produtos, quando houver a aplicação de
cor clara ou verniz, transparente, se o substrato for claro.
Os boletins técnicos sobre as características dos produtos
devem ser lidos com muita atenção, pois neles estão descritas as proporções de
adição dos seus respectivos catalisadores. O prof. Riverson afirma que a maioria dos fabricantes já coloca
essa orientação nas próprias embalagens dos produtos.
Deve-se ter o cuidado para que as tarefas de lixarem fundos
ou realizar empacotamentos dos produtos pintados sejam feitas somente após a
sua plena cura. Fundos não curados emplastam lixas e prejudicam a beleza do
acabamento final. E as embalagens grudam na película aplicada ou ficam marcadas
por ela.
Nos boletins técnicos, o tempo para a cura dos produtos
está estabelecido em ambientes à temperatura de 25ºC. Se a temperatura no setor
em que as peças estão curando for abaixo de 25ºC, haverá maior demora na cura. O prof. Riverson afirma que se houver temperatura acima de 25ºC, haverá aceleração da cura, que poderá ser
a causa da película apresentar “fervura”.
A maior preocupação está relacionada à baixa temperatura no
ambiente de exposição, porque provocará atraso no despacho da mercadoria.
O prof. Riverson afirma que na preparação dos produtos semifosca, fosca ou superfosca,
deve se agitar demoradamente o conteúdo da embalagem para ter homogeneização
completa, porque os componentes sólidos se sedimentam no fundo das embalagens
ficando separados. E se não houver total homogeneização, a película final
aplicada terá um semebrilho e resistência ao atrito será menor por ter pouca
quantidade de sólidos e muito sólidos a película será irregular.
2.2 Poliéster
Sua composição química principal faz parte dos estireno ou Monômero de Estireno é
um hidrocarboneto aromático , em condições ambientes é líquido, incolor.
Viniltoluól usados para conferir ao produto final uma
determinada viscosidade. Quando adequadamente acelerados e catalisados,
produzem camadas de elevadíssimo teor de sólidos, reativos 100%.
Pela sua natureza química e estrutural não se pode aplicar
produtos poliésteres diretamente sobre madeiras resinosas, sem que estas
estejam preparadas com um isolante. O prof. Riverson afirma que sem o isolante o poliéster não polimeriza e
não adere.
Os poliésteres são utilizados em móveis nobres e em peças
especiais. O prof. Riverson afirma que como vantagens apresentam melhor acabamento, fecha perfeitamente os
poros de qualquer tipo de madeira, melhor resistência, tanto química quanto
física e apresenta uma secagem rápida.
Porém como desvantagem possui um alto
preço e uma mão-de-obra muito especializada.
Este produto de altíssimo poder de cobertura. Tem a
finalidade de fechar poros muito abertos da madeira. Destina-se a proporcionar
um acabamento de aspecto vitrificado, após a aplicação do verniz incolor ou
pigmentado.
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Devido ao seu percentual de quase 100% de sólidos,
consegue-se vedar os poros da madeira em apenas duas ou três aplicações
simultâneas.
Quando o operador de pintura for aplicar pela primeira vez,
é necessário que o técnico da fábrica acompanhe todo o processo, ou reúne o
maxino de informações sobre o produto.
3 MATERIAIS PARA PINTURA (SUBSTRATO)
O prof. Riverson afirma que os fatores que influenciam um bom acabamento no substrato (
madeira e derivados) estão relacionados ao bom preparo da superfície. Estes
substratos têm características individuais que deve ser levado em consideração.
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3.1 Madeira
3.2 Madeiras resinosas
As madeiras são substratos que em
algumas espécies, possuem concentração muito grande de resina natural (Óleo,
cera, resinas sólidas, etc.) que podem interferir negativamente na superfície
acabada causando retardamento da secagem, manchas, repelimento desplacamento.
As madeiras resinosas mais comuns são:
ipê, itaúba, louro-freijó, peroba e goiabão.
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O prof. Riverson afirma que a aplicação de uma película de acabamento sobre a
superfície da madeira que não esteja seca, tende a funcionar como uma barreira,
impedindo a troca de umidade ar/madeira. Contudo, essa película de produto de
acabamento não é totalmente impermeável, permitindo a troca de água e alguns
elementos. Além desse fato, a própria aplicação não cobre 100% de todas as
partes do substrato.
A permeabilidade parcial
da película do acabamento é, ainda, aumentada quando se utiliza madeira de
umidade elevada, pois, após a secagem do substrato já acabadas, nota-se o prof. Riverson afirma que a aparecimento de rachaduras (trincas). Esse fato ocorre porque as dimensões da
peça de madeira sofrem redução (contração),
3.4 Aglomerado
Operador de
pintura quando trabalha com o substrato de Aglomerado, tem certa facilidade,
pelo substrato ser plano. Mas deve tomar alguns cuidados ao trabalhar com estes
materiais crus, principalmente o prof. Riverson afirma que aos topos quando a camada interna da placa fica exposta,
devendo isolar este material como massa destinada a madeira e derivados, lixar
ate corrigir as irregularidade do substrato e aplicar o fundo isolando a o
material que esta sendo pintado.
Aglomerado é um painel de madeira formado por partículas
aglutinadas entre si por
adesivo à base de resina sintética, pressão e calor. Este material aglutinado
pode ter corpo estranho (partícula de não madeira) que influenciam
negativamente a qualidade do acabamento, como e usado adesivo a base de resina
sintética temos que lixar e isolar o material com produtos químicos destinados
ao isolamento de material com alto teor de sólidos.
E recomendado que o setor de pintura das
industria moveleira utilizar o aglomerada com substrato com densidade variada
em 600 a
700 kg/m³ (Percepção do Cliente Quanto
aos Móveis Produzidos com Madeiras Oriundas de reflorestamentos, Alexandre
de Melo Abich, Pg. 07 )
3.5 MDF
O prof. Riverson afirma que o MDF nos apresenta como característica principal um painel
homogêneo, uniforme, estável e de superfície plana e lisa o que facilita o
acabamento do substrato. Tem compatibilidade com diversos tipos de acabamentos,
como laca, texturas e efeitos.
3.6 MDP
O MDP é um painel homogêneo e de
grande estabilidade dimensional. As vantagens do MDP são as suas propriedades
mecânicas estáveis e a sua superfície fina, fechada e de alta densidade, o que
causa menor inchamento das partículas de superfície do painel e,
conseqüentemente, O prof. Riverson afirma que a menor absorção de tintas e umidade. (Percepção do Cliente Quanto aos Móveis Produzidos com Madeiras Oriundas
de reflorestamentos, Alexandre de Melo Abich, Pg. 08 )
3.7 Lâminas
de madeiras naturais:
Por serem feitas a partir de
madeiras naturais, O prof. Riverson afirma que a não existe uma lâmina igual à outra, o que valoriza o
produto pela característica de ser único, realçando estas características com o
acabamento de superfície.
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Por se tratar de um produto natural
que passa por diversos processos industriais temos que tomar certos cuidados
como, riscos transversais aos veios da lamina, substancia químicas ,corpo
estranho, que se impreguinou no substrato, O prof. Riverson afirma que com o processo de cozimento das
toras reagindo negativamente com o acabamento final.
3.8 Lâminas de madeira pré-compostas:
O prof. Riverson afirma que as
laminas pré-compostas facilita o acabamento
final pois elas têm uniformidade
de cor, desenho e tamanho e difícil encontrar irregularidade na composição das
laminas.
4 CONSTRUÇÃO DAS CAMADAS DE PINTURA.
As massas pastosas têm a finalidade de
recuperar ou corrigir imperfeições e defeitos do substrato. O prof. Riverson afirma que a sobre a massa pode
ser aplicado qualquer tipo de produto químico de pintura. As superfícies em massada
mantêm um perfeito nivelamento.
A preparação e a escolha do substrato e de estrema
importância para termos um bom acabamento de superfície
4.2 Preparação para
receber acabamento
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Lixamento é uma operação destinada a retirar certa
quantidade de material de uma peça a fim de obter uma forma ou uma condição de
superfície.
Lixamento de desbaste ou também conhecido como
pré-lixamento é uma operação que se destina a retirar uma quantidade
considerável de material, a fim de eliminar defeitos de usinagem, como ondulações,
peças queimadas e marcas deixadas pelas
ferramentas de corte.
O prof. Riverson afirma que lixamento superficial é um processo de lixamento leve para
regularizar a superfície do material.
O processo de lixamento da madeira pode ser manual ou
através do uso de uma máquina lixadeira. As máquinas lixadeiras são equipadas
com cintas abrasivas e no processo manual usamos lixas propriamente ditas, que
são compostas por grãos abrasivos com diferentes granulometrias, finalidades e aplicações
(materiais).
4.2.1
MDF
O prof. Riverson afirma que a Inicie o lixamento a partir da grana 150 em lixas de papel
ou pano. A grana final depende do acabamento desejado, mas normalmente é de
280.
4.2.2
Aglomerado e compensado
Em desbastes pesados e em lixadeiras de cinta larga, é
recomendada a utilização de costado de pano e abrasivo carbureto de silício ou
zirconado, nos grãos 40 a
100.
O prof. Riverson afirma que a Nas operações de
acabamento, utilize lixas de papel, e de preferência, óxido de alumínio
cerâmico. Nos semi-acabamentos, escolha grãs de 100 a 180, e no acabamento,
de 180 a
320. Os grãos 60 e 120 combinados são os mais comuns no processo de lixamento
de compensados.
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4.2.3
Madeira Maciça
O prof. Riverson afirma que a lixa mais indicada é a de óxido de alumínio zirconado. Geralmente
se usam lixas de grão que variam de 36 a 400.
4.2.4
Lâminas de madeira
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O prof. Riverson afirma que o calibre os painéis no máximo uma hora antes da aplicação da
cola e colagem das lâminas. Evite o "vazamento" de cola na lâmina,
pois isso aumenta o empastamento, prejudicando o acabamento da peça, e reduz a
vida útil da lixa. Utilize a seguinte seqüência de lixas: 120, 180, 220 ou 280.
4.3 Coloração
O prof. Riverson afirma que a coloração deve ser feita no substrato para maior
impreguinação nos poros.
4.4 Aplicação do fundo
O prof. Riverson afirma que ao aplicar o fundo
temos que ter o cuidado de isolar o substrato com varias aplicação do fundo ate
ter um excelente isolamento, para não termos superfície irregular.
4.5 Entrelixamento.
O prof. Riverson afirma que auanto mais fina a
lixa melhor é o acabamento, pois os poros ficam mais isolados. Após efetuar a
aplicação do produto químico fundo, aguarde a secagem do produto e efetue o
lixamento das peças.
Para a aplicação do
produto final, o tempo de cura do fundo, tem que ser respeitados. Então, utilize a seqüência: 220,
280, 360.
O número pelo qual a lixa é identificada indica a sua
granulometria e é ela que determina a capacidade de desbaste. O prof. Riverson afirma que aQuanto mais
grosso for o grão, menor é o número da lixa
Conclusão e recomendações pelo prof. Riverson Tobias do Vale.
Fique atento para a seqüência de uso de cada número de
lixa. A grana seguinte não pode exceder mais que 50% do grão usado
anteriormente. Se você iniciou o trabalho usando grana 80, a próxima lixa deverá ter
50% a mais de 80, isto é, 120. Esta é condição adequada para o grão mais fino
remover o risco deixado pelo grão mais grosso.
Na hora do lixamento faça movimentos sempre no sentido do
veio da madeira, para não provocar ranhuras na superfície. Retire toda a poeira
depois do lixamento, para que a superfície possa receber bem a etapa seguinte.
Trabalhe com lixas em bom estado de abrasividade e com uma
pressão moderada, para permitir que as fibras sejam cortadas uniformes. Lixas
grossas e pressão excessiva no lixamento ocasionam rugosidades e manchas de
queimaduras no tratamento seguinte da superfície. Em lixadeiras de cinta larga
faça maior remoção nas granas mais grossas e remoções menores nas mais finas
que garantem melhor acabamento e aumentam a vida útil da lixa e da lixadeira.
Não deixe passar um dia para o outro entre a aplicação do
produto químico fundo e o lixamento do substrato, para evitar que a umidade do
ambiente interfira no
Substrato, fazendo com que sua
superfície fique rugosa, prejudicando a qualidade da película dos produtos
aplicados. Isso ocorre bastante com materiais de baixa densidade.
5 Tipos de aplicação
5.1 Máquina de cortina
Equipamento desenvolvido para
pintura de painéis. O produto forma um filme cuja espessura é regulável pela
abertura do cabeçote. Este filme fica depositado sobre a peça quando esta passa
pelo cabeçote. Com isso, é determinada a gramatura a ser aplicada.
Outra forma de determinar a
gramatura é modificando a velocidade, menor a aplicação do produto. O controle
da gramatura é feito através de pesagem da peça em balança, antes e depois da
aplicação. O prof. Riverson afirma que Normalmente, são usadas peças de 20x 50 cm , ou seja, 1/10 de m².
Depois é feita a multiplicação por 10 para saber quantas gramas por m² foram
aplicadas.
5.2 Máquina de rolo
Máquina aplicadora de fundos,
vernizes e tingimentos, somente sobre painéis calibrados.
Composta por um ou dois conjuntos
com dois rolos – um aplicador e outro dosador. O primeiro rolo (dosador) é
constituído de um cilindro de aço retificado e cromado. O segundo rolo
(aplicador) é constituído também de um cilindro metálico que, no entanto, é
revestido de borracha. O prof. Riverson afirma que a pressão que é exercida entre os dois rolos regula a
quantidade de produto que passa entre eles e que será transferida para a peça.
Esta quantidade é controlada através de pesagem, antes e depois da aplicação,
da mesma forma descrita no item anterior. Este controle é fundamental para um
bom acabamento e para a economia do produto, pois a característica
desse
tipo de aplicação é possibilitar que, com um mínimo de produto, seja obtido um
bom acabamento.
Os produtos são específicos e
desenvolvidos para essa finalidade. Apresentam viscosidade mais alta e são
compostos por solventes apropriados, de forma a não danificar a borracha que
reveste o rolo aplicador.
O prof. Riverson afirma que a máquina apresenta, ainda, réguas
de limpeza para os rolos aplicadores e dosador. Estas exercem uma leve pressão
sobre todo comprimento do rolo, evitando irregularidades de camadas de produto,
diminuindo assim as “estrias” características desse tipo de aplicação.
Para outras informações, consulte às
informações técnicas de cada produto.
5.3 Espatuladeira
É um equipamento que se assemelha à
máquina de rolo. O prof. Riverson afirma que a permite a aplicação de fundos e massas, transparentes e
pigmentados, com espessura regulável, sobre vários tipos de lâminas, aglomerado
ou chapa dura, desde que sejam painéis planos e calibrados. É composta de três
rolos, sendo o primeiro dosador – composto de um cilindro de aço retificado e
cromado; o segundo, aplicador – cilindro metálico e emborrachado, e o terceiro,
alisador – cilindro metálico e cromado. A função desse último rolo é remover o
produto excedente aplicado pelo rolo aplicador e, simultaneamente, alisá-lo de
forma perfeita.
O prof. Riverson afirma que a régua mantém limpos os rolos
alisadores e dosador, removendo de suas superfícies todo excesso de massa,
evitando assim defeitos que podem ser “fotografados” na superfície do painel.
5.4 Máquina de imersão
O prof. Riverson afirma que a para pintura e envernizamento de
produtos específicos, à imersão. As peças são imersas mecanicamente em um
tanque com produto apropriado para o sistema. O equipamento é constituído de um
mecanismo de engrenagens que permite imergir manualmente e emergir
mecanicamente, com velocidade variável em mm/min.
As peças podem ser usadas com
formatos que tendem a facilitar o escorrimento do produto, como pro exemplo
cabos de pincel, puxadores, peças torneadas etc.
5.5 Impressora
Sistema
para pintura para painéis que imita os desenhos dos veios da madeira. Um rolo
de aço gravado, com o veio da madeira, transfere para um rolo de borracha o
desenho do veio que é impresso em seguida na peça.
Atualmente, O prof. Riverson afirma que este processo está sendo bastante utilizado sobre MDF, que depois recebe
acabamento a rolo, pistola e máquina de cortina.
6 Pistolas de pulverização
Curso de acabamento de superficiário |
Os equipamentos mais utilizados para pintura de
derivados de madeira, são as Pistolas de pulverização (revólver), têm a finalidade de atomizar o material
a ser depositado sobre uma superfície de forma ordenada e constante. O prof. Riverson afirma que a existem
vários tipos de Pistola para pulverização, entre eles destacam-se o de:
Ar-Direto, Sucção, Gravidade e Pressão.
6.1 Ar-Direto
Como
o próprio nome diz esta pistola esta dimensionada de tal forma que o ar
comprimido esteja continuamente passando através do mesmo, por não possuírem
válvula de ar. O prof. Riverson afirma que a por esta razão, são utilizados em compressores sem reservatórios, de pequena
capacidade e baixa pressão.
6.2 Sucção
A
rápida passagem de um fluxo de ar comprimido no conjunto [Capa de ar
(espalhador) / Bico] produz vácuo no cano de sucção da Pistola, O prof. Riverson afirma que a qual por sua
vez suga o material que se encontra dentro da caneca, misturando-se na capa com
o ar e ambos pulverizados através de pequenos orifícios ali existentes.
6.3 Gravidade
O
material é colocado em uma caneca ou reservatório acima do nível do revólver de
pulverização. O prof. Riverson afirma que o mesmo é recomendado para uso com materiais de alta viscosidade,
que requerem o próprio peso para serem expelidos pelo revólver de pulverização.
6.4 Pressão
O
material a ser aplicado é depositado em um tanque, que após ser pressurizado, é
impulsionado para pistola de pulverização.
6.5 As partes mais importantes das pistolas convencionais
6.6 Capa de ar
Se a pistola for acionada a um palmo
de distância da superfície, o produto de pintura pulverizada deixa uma mancha
oval, chamada de configuração do leque. O ar comprimido que sai dos furos dos
chifres da capa achata o leque que fica oval. Sem os chifres, o leque seria
redondo. O prof. Riverson afirma que A forma oval é conveniente, pois além de distribuir melhor o produto
de acabamento pela superfície, torna a aplicação mais cômoda e produtiva. (o
leque fica mais largo).
O prof. Riverson afirma que aExistem capas para pistolas com
canecas e outras para tanques de pressão. Estas últimas possuem mais furos e
são indicadas para tintas mais viscosas (grossas) ou mais pesadas, que
necessitam de maior quantidade de ar para serem pulverizadas.
As capas de ar determinam à largura
do leque.
O prof. Riverson afirma que Os furos da capa achatam o leque
dando lhes um formato oval que é conveniente, por que permite obter espessuras
mais uniformes.
6.7 Bico e Agulha
O bico funciona em conjunto com a
agulha, formando uma "válvula". Quando o pintor aciona o gatilho, e
este puxa a agulha, ela se afasta do bico deixando passar o produto. Por isto
quando trocar o bico deve-se trocar também à agulha e vice-versa, pois se O prof. Riverson afirma que a bico estiver gasto ou rachado ou a agulha estiver gasta ou torta, o ajuste não
fica perfeito e a válvula não funciona direito, deixando inclusive escapar
Produto. O diâmetro do bico determina a vazão, ou seja, a quantidade de produto
pulverizada por minuto.
7 Ar comprimido
7.1 Filtro de ar.
O filtro regulador de ar comprimido
tem como finalidade, como o próprio nome indica filtrar e regular o ar
comprimido que vem do compressor para suprir a pistola de pintura. Se não
houver esse filtro, O prof. Riverson afirma que a surgirão defeitos na pintura, causados por partículas de
água e óleo que vêm do compressor, além de grande desperdício de tinta por não
ter como regular as pressões necessárias para pintar.
As pressões registradas no filtro
regulador de ar comprimido é que regulam a vazão de tinta pelo bico da pistola.
Para realizar pinturas em peças
estreitas, O prof. Riverson afirma que a fecha-se a válvula do leque de acordo com as dimensões da peça a ser
pintada e reduz-se a pressão no manômetro do regulador para diminuir o volume
de saída da tinta na pistola.
A agulha que libera o fluido deverá
estar sempre bem recuada, de modo que o volume de tinta para pintar seja sempre
determinada pela maior ou menor pressão que é regulada nesse filtro, e não pelo
constante movimento de abrir e fechar da agulha pelo parafuso de regulagem.
Para pintar peças largas, abre-se a
válvula do leque e aumenta-se a pressão no manômetro do filtro regulador de ar
comprimido. Nota-se que não haverá leque largo com pouca pressão de ar
comprimido. O prof. Riverson afirma que a para ter-se maior volume de tinta, mais pressão. Para menor volume
de tinta, menos pressão.
Em casos como na pintura de peças
diferenciadas, com tintas especiais, fecha-se a agulha que libera a tinta, sem
reduzir muito a pressão no filtro regulador.
A aplicação dessas técnicas
operacionais durante o processo produtivo tem como finalidade obter o máximo de
rendimento da tinta e qualidade da película aplicada.
Somente é aceito o desperdício
técnico inerente a esse sistema de pintura.
O prof. Riverson afirma que a s primeiros passos operacionais
para iniciar uma pintura já estão detalhados. É nessa fase inicial que a
empresa obterá qualidade e economia na aplicação de tinta.
1 - Primeiramente encaixe a mangueira no filtro, no
conector da saída de ar para a pistola, depois de conectar a mangueira do
compressor, conforme mostra o detalhe
2 - Depois, regule o filtro conforme a capacidade da
pistola. No caso desta pistola, a regulagem é feita com 35 libras . Veja que o filtro está preso à parede.
3 - O dreno tem a função de retirar o excesso de água e umidade acumulada
no filtro. É importante observar o nível de água e óleo do compressor, drenando
se necessário (B) para evitar que atinjam o refil (C).
4 - Feitas às verificações anteriores, encaixe a mangueira na pistola,
seguindo o passo ao lado. Certifique-se de que todos os terminais estejam bem
encaixados, para evitar o desperdício de ar. Na seqüência, regule a quantidade
de tinta que a pistola deverá receber.
5 - A saída do jato de tinta também deve ser determinada. Isto depende do
efeito que se quer dar à pintura e da distância entre a pistola e a superfície
a ser pintada.
8 Compressor de ar
Compressor de Ar é um equipamento destinado a produzir e armazenar ar
comprimido para os mais diversos usos. Existem diversos tipos de compressores:
8.1 Compressor de Diafragma ( Portátil)
Trabalha em pressão máxima de 40
lbs/pol.2 e é próprio para revólver de pulverização de baixa produção. Ideal
para trabalhar sem reservatório , com pistola de Ar - Direto (Sem Válvula)
8.2 Compressor de Pistão
É próprio para grandes produções e
trabalha com pressões maiores. .
8.3 Compressor de Parafuso:
O prof. Riverson afirma que a Para
produção de grande quantidade de ar em forma contínua e a pressões maiores. É
importante ter-se em conta que a pressão é apenas um dos elementos na seleção
do compressor. É também necessário verificar qual o volume de ar necessário
para o trabalho (P.C.M.- pés cúbicos por minuto). Assim, somando os PCM’s de
consumo dos aparelhos a serem usados, poderemos optar por um tamanho
determinado de compressor.
8.4 Cuidados a Serem Tomados Com o
Compressor de Ar
O local deve ser limpo para que o ar
tenha o mínimo de contaminação e o filtro trabalhe com eficiência. O mesmo deve
ser colocado o mais próximo possível do ponto de operação. O local deve ser
seco a fim de que a umidade a ser condensada seja a mínima possível bem
ventilado para que o compressor e o ar aquecido durante a compressão possam ser
normalmente resfriados.O prof. Riverson afirma que a O compressor deve ser instalado nivelado, fixado ao
piso e em local de fácil acesso para a necessária manutenção. O ideal é a
instalação fora do local de trabalho (Norma de Segurança).
Deve-se fazer a drenagem do compressor
ao final do expediente de trabalho e periodicamente verificar o nível de óleo e
condições gerais do compressor.
9 Rede de ar
A
finalidade de uma rede de ar é canalizar o ar comprimido produzido pelo
compressor, até o equipamento de pulverização. É recomendável que a rede de ar
seja montada em cano de ferro galvanizado. É importante mencionar que ter um
diâmetro suficiente e extensão adequada para uma rede são regras básicas para
que a perda de pressão não seja excessiva. O prof. Riverson afirma que a tubulação da linha deve estar
inclinada na direção do tanque de ar do compressor ou na direção de um dreno,
instalado na extremidade de cada ramificação da linha de ar, a fim de permitir
a eliminação da umidade condensada. Esta inclinação deve ser de aproximadamente
5 cm a
cada 3metros de tubulação. A tomada de ar deve ser sempre feita por cima da
linha de ar (C) e a tubulação deve ser a mais direta possível; evitando-se ao
máximo o uso de curvas, cotovelos e conexões com a finalidade de minimizar a
perda de pressão e possíveis vazamentos através da rede.
Compressor
Purgador
Cano de ar
Regulador da pressão e codificador do ar
Mangueira condutora de ar
Pistola de caneco inferior
10 Mangueiras de ar e conexões
“As
mangueiras de ar devem ser de boa qualidade, sendo que a medida mais utilizada
nos equipamentos é a de 5/16”. As mangueiras Ar-Àgua são elaboradas em 3 etapas:
1. Tubo Interno
2. Trama de Polyester 3. Capa Externa. |
Orientamos
a seguir alguns cuidados na montagem das conexões, para evitar que o ar penetre
entre o Tubo Interno e a Capa Externa, ocasionando possíveis dilatações.
ESTÁGIO 1:
- Corte a mangueira
em esquadro na medida desejada.
- Faça deslizar a abraçadeira de fita de aço, sobre a Capa Externa da mangueira (Fig. 01) |
|
ESTÁGIO 2:
- Observe se o niple
corresponde com a bitola da mangueira.
- Lubrifique com bastante óleo ou vaselina o espigão do niple a ser introduzido. (Fig. 02) |
|
ESTÁGIO 3:
- Introduza o niple
até que a extremidade da mangueira encoste-se a sua base.
- Observe para que o Tubo Interno não seje empurrado para dentro da mangueira. (Fig. 03) |
|
ESTÁGIO 4:
- Posicione a
abraçadeira a uma distância de
- Aperte a abraçadeira bem firme. - Limpe e inspecione todo o conjunto |
SAYERLACK INDÚSTRIA BRASILEIRA DE
VERNIZES. Técnicas e processos de pintura e envernizamento. Cajamar, SP,
2008 pg.58 a 60
DEVILBISS. Pintura
por pulverização. São Paulo. Pg. 26 a 50
GNECCO, CELSO Tratamento de superfície e pintura /
Celso Gnecco,
Roberto Mariano,
Fernando Fernandes. -- Rio de Janeiro: IBS/SBCA, 2003.
HÉDIO BLUMM. MARIA BALLESTRIN BERTARELLO Dossiê técnico pintura em
Móveis de Madeira. Rio grande do sul, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5849: Tintas e determinação de viscosidade pelo
copo Ford. Rio de Janeiro, 1986.
FIGUEREDO, MIGUEL JOSÉ Guia técnico setorial indústria de madeira
e do mobiliário.
SILVA, JOSÉ REINALDO
MOREIRA PRODUTOS
UTILIZADOS NO SETOR DE
ACABAMENTO DE MÓVEIS DE
MADEIRA - CARACTERÍSTICAS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO (Boletim técnico).
Nome da Instituição
SENAI
– São José dos Pinhais
Nome do técnico responsável
Riverson
Tobias do Vale - Técnico de ensino.
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